quarta-feira, janeiro 30, 2008


Feliz aniversário pra mim.
Estou mesmo precisando que seja feliz.
Feliz e simples, como sempre foi.
Quero que as surpresas esse ano não sejam tão evidentes,
Que sejam mais irônicas, mais perspicazes, mais inteligentes.
Quero amigos, lembranças boas...por que não as ruins?
Preciso esquecer as obrigações e enfatizar os sonhos..
Enfatizar também, os meios de garantir os sonhos.
E amar. Amar em primeiro lugar a mim mesma,
Com especialidade, inteireza e paixão.



segunda-feira, janeiro 28, 2008

Mais verdades sobre o amor.


É interessante falar do amor..muita gente fala sobre ele até. Desse amor que basta olhar pra ter certeza; dessa aventura racional de olhar alguém cheinho de defeitos e simplesmente amar. Cuidar cativamente do olhar de alguém, como se fosse o ultimo dia da existência; tocar as mãos como se elas demonstrassem a certeza de uma proteção surreal; respirar num beijo como quem procura respostas ao momento intenso; estender os braços num abraço sinceramente inteiro. A verdade é que o amor se explica quando aquela feição de “eu sabia que você ia dizer isso” aparece no rosto; quando você entra em qualquer fria pra ver que o outro ficou deslumbrantemente feliz...quando você pára o tempo e as circunstâncias pra dizer “eu te amo” sem qualquer motivo explicativo, só o fator gerador da existência. Outro dia assisti uma comédia romântica (pela 246474849493736262528413256ªvez), que me marcou ainda na pré-adolescência.. “Um lugar chamado Notting Hill”. Falei comigo mesma que num futuro qualquer, ia saber de pronto o rapaz que me faria ser uma “amante do amor”. Adorava rever a cena em que Julia Roberts (Anna Scott) dizia: “está aqui uma garota, parada na frente de um rapaz, implorando a ele para amá-la”. Eu me imaginei dizendo isso tudo com um olhar, e deu certo; foi quase que um Deja Vu. Tem que “rolar a química”; e olha que eu já tentei inúmeras vezes desclassificar essa tese de “química”, mas não deu muito certo, ela existe e isso é fato.

É fato também que as madrugadas ficam vazias
Quando o sonho não percorre terrenos de quem se ama.
Os desejos ficam tímidos se a impulsão daquela voz doce,
Por algum acaso, não existir.
Até os detalhes super-coloridos perdem seus objetivos
Diante da falta.

Na verdade, na grande e gentil verdade, o amor é coisa viva, humana e sábia; silencioso na descoberta e estrondoso na capacidade estranha de reconhecer alguém num “pedestal” maior que o seu.
Dizer que ama é uma virtude, e só vale para corajosos.

Portanto, eternize o amor.

segunda-feira, janeiro 21, 2008

Entretantos...


Um verdadeiro culto à vida é cheio de entretantos. Coisas caricatas vivem acontecendo; pessoas dos mais diversos formatos vivem passando, os aprendizes nos seguem, nós seguimos os mestres, ouvimos música boa porque é pura frenesi, choramos por amor, rimos por amor, endoidamos por paixão, por preocupação... falamos seriedades, banalidades, meras palavras. Entretanto, num é que a gente esquece de viver os momentos mais up dessa nossa existênciazinha curta pra caramba?!

O espaço temporal requer a coragem dos mortais. O mundo precisa de sobressaltos, de visionários e não de entretantos. F. Pessoa já dizia: “navegar é preciso, viver não é preciso”. Navega quem viaja, quem ri, quem aposta nas miudezas, quem acaba alcançando as grandezas, quem sabe que o futuro é um barco a vela que faz a gente chegar numa ilha deserta qualquer pra viver de lembranças felizes, proveitosas e incrivelmente boas de se contar. Nada disso precisa de burocratismo intermitente, muito menos de precisão (Pessoa também já sabia disso); a gente é que vive pra complicar demais as coisas, pra diminuir as capacidades, pra engolir mais que mastigar, pra se encher de pseudo-ética, pra acorrentar a chance no pessimismo e ainda por cima fazer de conta que a vida é uma novela de final esperado, coeso e teoricamente feliz.

Tolice dizer “entretanto” para a existência. A essencial virtude de SER está nos “sobretudos”, “principalmentes”, “mais ainda”, “tantos quantos”...no carão de chegar diante das dificuldades e manda-las pra merda. Essa desumana dilação da esperança só pode ter sido criada pela mente dos mortais... pelos olhos dos que levantam bandeira branca antes do prazo, pelo erro fatal da desistência.

Nunca se esqueça de não dizer um “entretanto” pra ser de um jeito ou de outro, feliz.

Ame pelo simples fato de não pendurar nenhum “entretanto” no pescoço da pessoa amada.

Lute pelo que deseja, mesmo que o monstro do seu guarda-roupa seja um enorme “entretanto”.

Viaje, mas não leve conjunções.

Sorria, mas o fato de não estar na Bahia não é um terrível “entretanto”.

Respire, dance, cante, pague micos, pague pau, delire-se, alongue-se, clame por adrenalina, acalme-se, sinta, cheire, beije, brinque, estude, durma, fale.....

ENTRETANTO, seja feliz.