A gente sempre passa por momentos de reflexão acerca da vida...das escolhas, do futuro e dos caminhos a serem tomados...é intrinseco ao ser humano a constante busca pela felicidade...e são sobre essa indagações que eu escrevo em poucas palavras e lembranças de filmes que me marcaram de alguma maneira...Dedico o texto aos amigos, aos colegas viciados em cinema (Milly, Primow ..rsss), e o Sir Bernardo, alguém que me faz esperar muito do porvir!
A verdade é que o futuro não pode ser previsto. É tão obvio, mas ao mesmo tempo tão obscuro crer que nossas escolhas vão construir um porvir friamente desconhecido. O legal foi que aprendi isso na hora certa... porque, geralmente, só pesamos nossas escolhas quando elas são cruciais e urgentes pra que a gente chegue em algum lugar. E falando em tempo, escolhas e futuro, assisti um filme com ótimas companhias e excelentes lembranças... e ele me mostrou que as vezes é melhor “jogar no lixo” algumas coisas da vida, outras, aproveitar, lembrando sempre que é impossível prever o que virá como se prevê o tempo, é lutar contra o vento imaginar que tudo sairá da maneira como planejamos. Afinal de contas, as surpresas do destino não seriam mais surpresas se tivéssemos o mundo nas mãos. Esse filme, “O sol de cada manhã”, conta a história do personagem feito por Nicolas Cage, o simples Homem do tempo vivendo suas frustrações oriundas de escolhas banais...mas escolhas. Os filmes vivem falando disso; da vida... e a vida é um filme sem roteiro, uma ida sem volta, um tempo imprevisto. O mesmo ator teve uma oportunidade no filme “Um homem de família” de acordar e se ver casado com sua namorada de colégio e pai de duas crianças... ao invés de ir para o seu luxuoso escritório contemplar sua vida bem sucedida, entretanto, solitária. Ele pôde ver os dois lados da moeda... ir ou não para a Europa decidiria seus passos no futuro. E foi imaginando os filmes que eu andei de volta pra casa, num fim de tarde regado a baixa temperatura, me vi enquadrada em câmeras numa cena peculiar...: passos lentos, cabeça baixa, mãos no bolso, arvores pelas calçadas, ruas vazias e pensamentos sobre o temido e almejado futuro. E num ato de extrema espontaneidade eu abri os braços, fechei meus olhos, respirei fundo e deixei o vento passar por todo o meu corpo... não tive receio ou vergonha quando um carro passou à minha direita...que pensassem qualquer coisa! O importante foi o que eu pensei, foi o que eu senti. E senti que era livre para fazer escolhas... certas, erradas, precisas ou duvidosas; eu nunca vou saber acerca de um futuro que jamais correspondeu às essas escolhas...isso é inviável no filme da realidade. E como em todo bom filme, a vida tem emoções que sobrepõem toda racionalidade trazendo desafios, insegurança, saudade, tristeza, alegria, algumas conquistas e uma estrada cujo fim esperado é a felicidade. Bingo! A felicidade está justamente em ter uma vida significativa no verdadeiro mundo do fast-food... está em encontrar valores nas idas e vindas das coisas simples, nas pessoas amadas e até no sorriso alheio. Ouvi em “O sol de cada manhã” que a palavra “fácil” não existe no vocabulário de um adulto...entretanto as conquistas se tornam maiores quando fazemos o máximo de esforço para garanti-las. Ouvi quando criança que o gênio da lâmpada não existia, mas hoje, quando abri os braços pra vida, desejei mais de três coisas...desejei submeter minhas escolhas ao meu coração...ele sim, não prevê o futuro , mas o faz inesgotavelmente melhor por estar ligado à aquele que me criou.