A preguiça é a mãe do progresso. Se o homem não tivesse preguiça de caminhar, não teria inventado a roda. (Mário Quintana)
O homem anda, encontra a pedra e desmantela. Os raros que persistem em seus objetivos humanisticamente sinceros são criticados no percurso pra depois serem reconhecidos como mártires...enquanto na verdade, na mais sutil verdade, todos os homens deveriam estar no “topo” da ingenuidade... Da mesma ingenuidade percebida no filme “Meu nome é radio” (quem ainda não viu, vale a pena ver). A roda é uma “mão na roda”, é um “jeitinho brasileiro” que sempre alcança todo o Mundo. E todo esse Mundo business for all é regido pela preguiça; pela preguiça insistente, mesquinha, instintiva e é claro, cretina conforme manda o figurino...chega a ser uma nota de Dólar com a fotografia de George Bush abraçado a Fidel Castro. Mesmo assim, reina a preguiça. E viva a preguiça!.
Viva a riqueza que olha a pobreza de longe e a manda pro inferno...preguiça cartesiana de enxergar que são todos farinha do mesmo saco...ouro do mesmo cofre; que seja! Viva as necessidades cognitivas e interacionais do brilhantismo humano que criam um povo sacana. Que se eternizem os biscates de caráter!
Viva a musicalidade do “creu”. É a mais perfeita mostra da pior preguiça: a preguiça de pensar. E olha que Nietzsche avisou: “pensar dói”.
Viva a natureza solapada, a civilização egocêntrica, a globalização não-global, as negociações hipócritas, os “disse-me-disse”, os preconceitos vestidos de ética fajuta...
Enfim, viva a todas essas RODAS inventadas e fadadas ao PROGRESSO caótico: o que anda pra frente, mas não evolui.